Arqueogenética

No mundo de hoje, Arqueogenética ganhou uma relevância sem precedentes. Seja como protagonista na cena política, como tema central nos debates académicos ou como fenómeno cultural, Arqueogenética tem conseguido captar a atenção de um amplo espectro da sociedade. Sua influência se estende a diversas áreas, desde a economia até o dia a dia das pessoas. Neste artigo, exploraremos as várias facetas de Arqueogenética, analisando o seu impacto em diferentes aspectos da vida moderna e examinando as razões da sua crescente relevância.

Arqueogenética é um termo cunhado por Colin Renfrew e refere-se à aplicação das técnicas de genética de populações moleculares para o estudo do passado humano. Isto pode implicar:

  • A análise do DNA recuperado de vestígios arqueológicos, ou seja, o DNA antigo;
  • A análise do DNA de populações modernas (incluindo os seres humanos e de plantas e animais domésticos) para o estudo do passado humano e à herança genética da interação humana com a biosfera; e
  • A aplicação de métodos estatísticos desenvolvidos por geneticistas moleculares para dados arqueológicos.

O tema tem sua origem no estudo dos grupos sanguíneos humanos e da percepção de que este marcador genético clássico fornece informações sobre as relações entre grupos étnicos e linguísticos. Os primeiros trabalhos neste campo incluem o de Ludwik e Hanka Hirszfeld, William Boyd e Mourant Arthur. A partir da década de 1960, Luca Cavalli-Sforza usou marcadores genéticos clássicos para examinar a população pré-histórica da Europa, que culminou com a publicação de "The History and Geography of Human Genes", em 1994.

Desde então, a história genética de todos os nossos as grandes plantas domésticas (por exemplo, trigo, arroz, milho) e animais (por exemplo, bovinos, caprinos, suínos, cavalos) foi analisado. Modelos para o calendário e biogeografia de sua domesticação e criação subseqüentes foram apresentadas, principalmente com base na variação do DNA mitocondrial, embora outros marcadores estão actualmente a ser analisadas para complementar a narrativa genética (por exemplo, o cromossomo Y para descrever a história da linhagem masculina).

A mesma expressão foi também utilizada por António Amorim (1999) e definido como: obtenção e interpretação genética da história humana. Um conceito semelhante (mesmo que de uma forma mais ambiciosa, pois incluía a recriação de inferir estados extinto) foi desenvolvido na pré-época do DNA por Linus Pauling e Zuckerkandl Emile (1963).

Ver também

Referências

  • Cann, R.L., Stoneking, M., and Wilson, A.C., 1987, Mitochondrial DNA and human evolution, Nature 325; pp 31-36
  • Cavalli-Sforza, L. L., Menozzi, P., and Piazza, A., 1994, The History and Geography of Human Genes. Princeton: Princeton University Press.
  • Renfrew, A.C., and Boyle, K.V., (Eds), 2000, Archaeogenetics: DNA and the population prehistory of Europe. Cambridge: McDonald Institute for Archaeological Research.
  • Indian Genome Variation Consortium (2008). «Genetic landscape of the people of India: a canvas for disease gene exploration». Journal of Genetics. 87 (1): 3–20. doi:10.1007/s12041-008-0002-x 
  • Amorim A (1999) Archaeogenetics. Journal of Iberian Archaeology 1: 15-25
  • Pauling L, Zuckerkandl E (1963) Chemical paleogenetics: molecular restoration studies of extinct forms of life. Acta Chem. Scand 17: 89