Comuna

Neste artigo exploraremos os diferentes aspectos de Comuna, com o objetivo de fornecer ao leitor uma análise completa e detalhada deste tema. Das suas origens à sua relevância hoje, passando pelo seu impacto nas diferentes áreas da sociedade, mergulharemos num percurso em que abordaremos as suas múltiplas facetas. Através da combinação de dados históricos, teorias atuais e exemplos concretos, pretendemos oferecer uma visão abrangente que permita uma compreensão aprofundada da importância de Comuna na sociedade contemporânea. Seja uma pessoa, um conceito, uma data ou qualquer outro elemento de interesse, nosso objetivo é fornecer ao leitor as ferramentas necessárias para mergulhar no fascinante mundo de Comuna e compreender sua relevância hoje.
 Nota: Não confundir com Comunismo (sistema político, econômico e social baseado na propriedade comum dos meios de produção).

A palavra comuna, na Idade Média, é a designação para a cidade que se tornava emancipada pela obtenção de carta de autonomia fornecida pelo rei. Atualmente, na França, o termo se refere à menor subdivisão administrativa do território. Em Portugal o termo remete às comunas universitárias, residências que formam habitação e clube de estudantes universitários, ou à administração de conselho. É desconhecida da Idade Média em Portugal: os termos que indicam comunidade urbana com personalidade jurídica são ou eram chamados de urbes, burgos, concelhos ou municípios.

História

As raízes do movimento comunal encontram-se nas aspirações dos burgueses das cidades que queriam liberdade, segurança, isenção de impostos feudais e justiça própria; estas exigências resultavam do desenvolvimento comercial, que era afectado pela rigidez das estruturas feudais. Embora apresentem características semelhantes aos municípios portugueses, nem as cartas comunais francesas são comparáveis a forais, que na maioria dos casos não passam de listas de encargos a satisfazer à coroa pelos concelhos. Nos próprios burgos onde a burguesia mercantil predominava (como o Porto) e o grau de sujeição ao rei diminuía, dificilmente se poderá falar de «autonomia política» no sentido comunal.

As comunas eram grandes unidades de produção rural, abrangendo a agricultura e pequenas indústrias. Cada comuna estruturava-se de forma coletiva e centralizada. Os lotes agrícolas familiares, distribuídos na reforma agrária de 1950, foram eliminados, e toda a terra, colocada sob controle das comunas. As comunas organizavam também a vida social e a educação das crianças. A implantação desse sistema teve forte impacto sobre a vida familiar, diminuiu a força tradicional da autoridade paterna. Comunidade urbana que se une sob juramento para obter do senhor (nobre ou eclesiástico) um documento, a carta comunal, que fixava os seus direitos e liberdades, mantendo nas suas próprias mãos o exercício do poder judicial e fiscal. As comunas funcionaram como um ato de emancipação das cidades em relação ao poder senhorial, cuja autonomia variava de acordo com o tipo de privilégios que lhes eram conferidos.

Ver também

Referências